Existem momentos, de maneira mais inesperada, em que algo dentro de mim tenta assegurar-me de que realmente não me importo tanto, não tanto assim, apesar de tudo. O amor não é tudo na vida de um homem. Eu era feliz antes de conhecer H. Tenho muito do que se chama de "recursos". As pessoas recuperam-se dessas coisas. Vamos, não posso me deixar levar dessa maneira. Temos vergonha de dar ouvidos a essa voz, mas por um instante ela parece ser boa. Então sobrevém um golpe repentino de lembranças acaloradas, e todo esse "lugar-comum" desaparece como a formiga na boca da fornalha.
Tentei expor alguns desses pensamentos a C. nesta tarde. Ele me lembrou de que o mesmo parece ter acontecido com Cristo: "Por que me abandonaste?". Eu sei. Mas isso torna as coisas mais fáceis de serem entendidas?
Não que eu esteja (suponho) correndo o risco de deixar de acreditar em Deus. O perigo real é o de vir a acreditar em coisas tão horríveis sobre Ele. A conclusão a que tenho horror de chegar não é "então, apesar de tudo, não existe Deus nenhum", mas "então, é assim que Deus é realmente. Não se iluda.".
(Lewis, C.S. A anatomia de uma dor)
Declaro: Nada a declarar!
ResponderExcluirpoww..preciso axar uma palavra pra isso!!
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